Numa conferência de imprensa no segundo dia da Conferência Nacional de Prevenção de ISTs em Washington, DC, o CDC (agência do Departamento de Saúde dos EUA) apresentou dados preliminares mostrando tendências de cinco anos em infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) que incluíam dados preliminares para 2017. A análise concluiu que os quase 2,3 milhões de casos de clamídia, gonorreia e sífilis reportados ao CDC em 2017 excederam o recorde anterior de 2016 em mais de 200'000 casos.
A clamídia, a gonorreia e a sífilis são curáveis com antibióticos, mas a maioria dos casos não é diagnosticada e tratada - o que pode levar a efeitos adversos graves à saúde, incluindo o aumento do risco de contrair o VIH. A clamídia continua sendo a doença sexualmente transmissível mais comum, com mais de 1,7 milhão de casos relatados. Mas autoridades de saúde estão preocupadas que os casos de gonorreia que aumentaram 67% entre 2013 e 2017 e a sífilis subiu ainda mais: 76% nesses quatro anos.
Apontadas falhas na educação sexual
A CDC apresentou como razões a falta de consciencialização sobre estas questões e mudanças nos comportamentos sexuais.
Kristen Ries, Médico reformado especialista em ISTs, escreveu um editorial no USA Today onde apresenta como principal razão a falta de educação da população em geral e dos políticos em particular, e apresenta três questões a resolver: 1. o sistema de saúde no país com a política a prejudicar as pessoas em vez de as ajudar, 2. as falhas de cobertura de seguros de saúde que negam tratamentos a pessoas que deles necessitam, 3. a medicação que devia ser gratuita para quem precisa com direito humano básico.