Os números constam de um relatório do CVEDT, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, concluído no mês passado. E confirmam uma tendência recente em Portugal: os heterossexuais tornaram-se os mais atingidos. A categoria de transmissão heterossexual regista 146 casos, ou seja, mais de metade (54,9 por cento) dos diagnosticados nos últimos seis meses. Um total de 36 pessoas morreram neste período. Até ao dia 30 de Junho os números oficiais apontavam para a existência, em Portugal, de 22.103 casos de VIH/SIDA; perto de metade (10.105) são casos de SIDA. Os indivíduos que referem o consumo de drogas por via endovenosa constituem o maior grupo de infecções (49,9 por cento). O grupo dos casos associados à infecção por transmissão sexual heterossexual aparece em segundo lugar: 31,6 por cento dos registos, com tendência para aumentar. A transmissão sexual homossexual masculina representa 12 por cento dos casos. Dos 907 casos notificados recebidos nos últimos seis meses, 452 correspondem a casos de portadores assintomáticos (considerada a fase inicial da infecção); 85 são casos de "complexo relacionado com SIDA", uma fase intermédia de infecção; e 370 constituem casos de SIDA.
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