"A educação sexual deve existir como disciplina e deve ser dada pelos professores e não por médicos, enfermeiros ou outros profissionais, por se tratar de uma matéria que exige cumplicidade, conhecimento e empatia", sublinhou Júlia Azevedo, na abertura do Congresso Nacional "Educação sexual na escola e na comunidade", organizado pelo SIPE.
Por ser um tema "polémico e difícil", a dirigente sindical defendeu também a inclusão da educação sexual como disciplina na formação inicial e contínua dos professores. "Infelizmente, a educação sexual não tem sido uma aposta do nosso país e a consequência dessa realidade é a existência de um grande número de gravidezes não desejadas na adolescência", frisou.
A presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Maria José Viseu, manifestou-se favorável à introdução da educação sexual ou "educação para os afectos", como lhe chamou, como "área curricular não disciplinar" nas escolas desde que os pais assumam uma "efectiva participação".
No congresso participam profissionais e estudantes das áreas da psicologia, serviço social, sociologia, aconselhamento psicossocial, medicina e ciências da Educação, entre outros.