Os indianos tendem afastar-se dos hospitais públicos, onde foram registadas novas infecções. Com o registo obrigatório, os doentes com HIV/SIDA passam a ser vítimas de chantagem, com muitas clínicas a falsear os resultados ou pedindo dinheiro para não divulgarem os resultados positivos. Um doente seropositivo residente numa pequena cidade, que pediu anonimato, disse, A doença está lá, mas o problema é quando alguém sabe, assim o seu comportamento passa a ser mau. O que é que nós fizemos? Não merecemos também uma vida normal?
Quando os oficiais públicos dizem que a campanha de divulgação de informação fez com que o número de novas infecções tenha diminuído, os activistas da SIDA dizem que os números estão actualmente a subir rapidamente.
Em Khalpara, no distrito de Siliguri, numa cidade comercial, a maioria dos clientes que frequentam os trabalhadores do sexo recusam usar preservativos. Apesar dos membros do grupo Durbar distribuírem 10000 preservativos gratuitamente por mês e venderem outros 11000 a preços subsidiados, a maioria das prostitutas aumentam o seu rendimento a vender os preservativos distribuídos gratuitamente no mercado local.
O Dr. R. Rudra, que tem trabalhado com os doentes com HIV/SIDA da área há mais de uma década, diz que o sexo não protegido é a forma mais comum de transmissão do HIV. Se isto continuar, diz Rudra, dentro de uma década a economia da Índia não estará em lado nenhum. Os hospitais estarão cheios de doentes com HIV.
A pobreza é predominante, diz Rudra. Dos 100 doentes, talvez 10 possam receber cuidados médicos.