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Quarta-feira, 27 Julho 2016 11:39

EQUADOR
Milhares marcharam pela diversidade em Quito



PortugalGay.pt

“Somos a diversidade, somos amizade” foi o lema da marcha LGBTI no Equador


Milhares caminharam saíram à rua para marchar por um mundo melhor em plena Avenida Amazonas, entre eles destacava-se uma mulher trans repetidamente interrompida na marcha para mais uma selfie.

“Alerta, alerta que caminha uma sociedade que não discrimina”, “respeita as diferenças”. “queremos igualdade”, foram algumas das frases que se ouviram gritar na rua, enquanto caminhavam ao som de tambores e apitos agitando freneticamente as bandeiras arco-íris.

Os manifestantes dizem estar a manifestar a diversidade e por isso lado a lado marchavam jovens e menos jovens, “Queremos demonstrar que nós também somos seres humanos, todos somos iguais” disse Kosakura que marchava acompanhada da sua prima Naomi, ambas travestis.

Evelyn Madona, mulher trans da Associação Alfil, marchou com um uniforme militar. Disse estar orgulhosa de ser LGBTI e estar ali marchando, desta forma exigimos respeito e inclusão desta comunidade na sociedade, “nós as meninas trans somos guerreiras, umas lutadoras. Estamos aqui em busca da união das nossas forças, porque unidas podemos fazer muitas coisas”, acrescentando que são as minorias as mais marginalizadas.

“Mudar a forma de pensar das pessoas é difícil, vai levar algumas gerações, tendo, contudo, provas de mente aberta mais por parte dos mais jovens e aqui e ali também de alguns mais idosos que são sempre os mais resistentes”, disse-o Angel Escobar do coletivo Cultura e Diversidade.

Flores, uma mulher trans diz que temos ainda de fazer muito para tornar o Equador uma sociedade mais inclusiva, contudo não deixa de referir que já importantes passos foram dados nomeadamente no que às pessoas trans se refere, “podemos usar a fila das mulheres e mudar nosso nome no nosso Cartão de Cidadão usando o nosso nome referente ao nosso género”.

Faz ainda parte da marcha representantes da Agência para os Refugiados da ONU, ACNUR. Ana Paola Rodriguez, oficial do programa ACNUR em Quito, capital do Equador, disse que entre os refugiados de todos o mundo existem pessoas que pertencem a esta comunidade e sofrem de um preconceito acrescido para alem de ser uma pessoa LGBTI é estrangeiro e refugiado, “estamos aqui a manifestar-nos para que eles se sintam apoiados, estamos aqui para os ajudar a conseguir os seus direitos” disse Rodriguez, rematando a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Todas as pessoas são livres e iguais”.

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