Em 801 entrevistados pela Whitman Insight Strategies e da Buzzfeed News, 85 por cento disseram que tinham algum nível de medo ao mostrar esse tipo de afeto em espaços públicos. Apenas 15 por cento disseram que não tinham medo de dar as mãos ou de demonstrações de afeto em público.
Cerca de 120 entrevistados referiram ter "muito medo", cerca de 330 disseram ter "um pouco com medo" e 225 dos entrevistados disseram que "não tinham muito medo".
Discriminação maior entre pessoas trans
Mais de três quartos dos entrevistados disseram acreditar que as pessoas trans sofrem mais discriminação. E na realidade no mesmo inquérito nenhuma pessoa trans disse que não tinha medo de dar as mãos ou de demonstrações de afeto em público.
As pessoas LGBT+ em geral, relatam ter enfrentado discriminação pessoalmente nos locais de trabalho (26%), ao usar WCs que correspondem à sua identidade de género (14%), serviços recusados por empresas (12%) e acesso à habitação (10%).
Já as pessoas trans relatam taxas bem mais elevadas de discriminação quer nos locais de trabalho (47%), que ao usar WCs que correspondem à identidade de género (43%), quer em empresas que recusam serviço (36%) quer acesso à habitação (32%).
Em termos de insultos verbais; 59 por cento das pessoas LGBT+ disseram ter sido alvo de insultos, e a taxa sobe para 81 por cento no caso das pessoas trans.
Discriminação dentro da população LGBT+
A comunidade LGBT+ tem seus próprios problemas com a discriminação, disseram os entrevistados, incluindo sexismo (51%), racismo (52%) e discriminação contra pessoas trans (60%). Dois terços dos homens gays disseram que nunca considerariam namorar uma pessoa transgénera e 40% dos inquiridos em geral é da mesma opinião.
Metodologia
O estudo foi realizado on-line através dos serviços da Dynata pela Whitman Insight Strategies entre 801 americanos LGBT+. Os inquéritos foram realizados de 5 a 10 de junho de 2019. Os entrevistados foram selecionados para determinar a identidade de género, a identificação como trans e a orientação sexual para definir adequadamente o público. A composição dos N = 801 norte-americanos auto-identificados LGBT+ inclui 235 homens gays (29%), 135 mulheres lésbicas (17%), 366 pessoas bissexuais (46%), 53 pessoas trans (7%) e 53 pessoas queer ou não-binárias (7%). A margem de erro no nível de confiança de 95% para a amostra total é de ± 3.46% e é ligeiramente maior para os sub-grupos.