"Eu pretendo não exercer esse direito [de casar casais gays] e não delegá-lo a outros funcionários municipais", disse Léon de la Riva, segundo um jornal local desta terça-feira, 26/4. "Se a lei me forçar [a casar casais gays] eu posso me recusar por razões de consciência", acrescentou o presidente, que é do Partido Popular (PP), de centro-direita, considerado próximo à Igreja. O presidente disse que apesar de apoiar direitos iguais para casais gays, suas uniões "não podem ser chamadas de casamento". Léon de la Riva não está levantando sozinho essa bandeira. O presidente de Ávila, no centro da Espanha, elogiou Léon de la Riva pela "posição varonil". "[A lei] não afeta a liberdade de consciência, nem tem nada a ver com religião ou com sacramentos religiosos", disse o ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar. O governo espanhol foi muito criticado pelo Vaticano após a aprovação da lei. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera na última sexta-feira, 22/4, o cardeal Alfonso López Trujillo, chefe do Conselho para a Família do Vaticano, classificou a lei de "desumana" e ordenou aos funcionários públicos para que se recusem a aplicá-la.
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