Mas não foi uma campanha calma, pois a Igreja precipitou-se numa propaganda contra a aprovação desta nova constituição, porque segundo a instituição religiosa, com a aprovação desta constituição estará aberto o caminho para a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e do aborto.
Assim o novo texto afasta a influência da Igreja no Estado, fazendo deste uma instituição laica.
Lê-se na nova constituição sobre o plano familiar a expressão famílias e não família, e assim nasce a esperança de que a Bolívia passe a considerar as novas famílias contemporâneas.
Propagandas televisivas fomentadas por facções conservadoras, como a Igreja Católica, diziam que ao aprovar esta Constituição levaria a que fosse o Estado a educar os jovens e não Deus, ou ainda a imagem de dois jovens que se beijam, enquanto uma voz off vai dizendo que se for aprovada a nova Constituição os casamentos entre pessoas do mesmo sexo será uma realidade.
Perante toda este alarido Evo Morales, classificou os seus opositores, e opositores desta nova Constituição, como fiéis obedientes dos EUA, e que desejam repetir o mesmo acto de conservadorismo praticado na Califórnia em 2008, perante a Proposta 8.
Nem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, nem o aborto faz parte desta nova redacção pelo que toda esta movimentação é baseada em suposições de que os tribunais irão interpretar o texto de forma progressista, disse Evo Morales.