Queer Pop terá em destaque a cantora Björk, com o programa O Corpo e a Natureza. A islandesa, que este ano teve honras de exposição no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, na mesma altura em que regressou aos álbuns de originais com Vulnicura, será recordada no Queer Lisboa 19 com um olhar antológico sobre a sua obra através de dois conjuntos de telediscos. Num deles expressam-se olhares da sua videografia sobre o corpo. Num outro, observa-se uma relação próxima e primordial com a natureza.
Nascido em Israel, mas a viver e a trabalhar há vários anos em Berlim, Lior Shamriz tem visto os seus filmes a ser apresentados em inúmeros festivais internacionais de cinema, incluindo Berlim, Oberhausen e Locarno, chegando agora ao Queer Lisboa com Cancelled Faces. Esta coprodução entre a Coreia do Sul e a Alemanha centra-se num casal de jovens, Unk e Boaz, que se conhecem após um acidente de mota. No entanto, temendo pela sua independência, depressa Unk começa a viver com medo de ser absorvido pelo seu amante. O cineasta estará presente na sessão, às 19h15. O filme faz parte da Competição Queer Art.
Das Zimmermädchen Lynn, realizado por Ingo Haeb e com argumento do próprio, a partir do romance homónimo de Markus Orths, conta a história de Lynn Zapatek, uma empregada de limpeza que ao conhecer a prostituta Chiara acaba por se aventurar fora do seu mundo das tarefas de limpeza e da vida dos hóspedes do hotel onde trabalha. O filme foi não só selecionado para os festivais de cinema de Roterdão e Zurique, como foi distinguido em Montreal e Munique, encontra-se nas secção Competição de Longas-Metragens.
Será com Kopfkino que este ano se encerrará a secção Queer Focus. O filme de Lene Berg, cineasta que representou a Noruega na Bienal de Veneza de 2013, encena uma conversa entre oito mulheres, sentadas numa mesa comprida, num espaço teatral, que falam do seu trabalho no ramo do S&M. As relações entre poder e a sexualidade são, por isso, questões centrais que a realizadora procura problematizar.
Hoje realiza-se ainda a segunda sessão do programa In My Shorts, composto por uma seleção de diversas curtas-metragens realizadas no contexto curricular de diferentes escolas de cinema europeias. Nesta segunda sessão da secção, às 15h00, estará presente Kátia Rio, diretora de fotografia da curta Tant Pis Capítulo Um, Frank Pingel, realizador de Der Sehr Lange Johannes, e Renato Sircilli, realizador de Se o Mundo Acabar, Me Dê um Toque.
E mesmo antes de fechar a porta o mais recente filme do realizador britânico Peter Greenaway, Eisenstein in Guanajuato, foi o título escolhido para a Sessão de Encerramento do Queer Lisboa 19, a realizar-se às 21h00 na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge. A longa-metragem centra-se no cineasta russo Sergei Eisenstein (1898-1948), um dos nomes mais influentes da história da sétima arte do século XX. Focando-se no período turbulento em que viveu no México, fase da qual resultou o filme póstumo Que Viva México(1979), Eisenstein in Guanajuato dá conta ainda da relação que o realizador terá então mantido com Jorge Palomino y Cañedo.
Antes da exibição do filme, será conhecido o Palmarés do Queer Lisboa 19, com os prémios de Melhor Longa-Metragem, juntamente com Melhor Ator e Melhor Atriz; Melhor Documentário; Melhor Curta-Metragem; bem como o Melhor Filme de Escola da Competição In My Shorts e o Melhor Filme da Competição Queer Art; assim como os três Prémios do Público.
Detalhes online em www.queerlisboa.pt .