O programa de Curtas 3 da competição contará mais logo, às 19h30, a presença dos realizadores suecos Jerry Carlsson e Anette Gunnarsson e da portuguesa Patrícia Bateira, para apresentarem, respectivamente, Along the Road que nos do encontro entre dois homens numa estação de serviço e da gestão necessária para manter essa relação em segredo e, Um Funeral Simples, mostra-nos os encontros e desencontros emocionais de duas mulheres, durante a concretização do último desejo de um padre.
Na secção Queer Art, a presença do realizador grego Télemachos Alexiou, para apresentar Venus in the Garden, uma sobreposição de referências artísticas e literárias díspares, que conduz à desagregação as suas solitárias personagens, dois prostitutos e uma proxeneta.
A programação do quinto dia do Queer Lisboa, traz até à Sala Manoel de Oliveira, às 22h00, a longa-metragem American Translation. A produção francesa, realizada por por Jean-Marc Barr e Pascal Arnold, conta a história de amor obsessiva entre Aurore e Chris, que progressivamente vai ganhando contornos macabros. O actor francês Jean-Marc Barr ganhou fama internacional com a sua participação em Vertigem Azul, de Luc Besson. Pouco depois, inicia uma longa colaboração com Lars Von Trier participando em Ondas de Paixão e Dancer in the Dark", entre outros. Enquanto realizador, colabora regularmente com o argumentista Pascal Arnold, tendo assinado ambos esta longa em competição.
O documentário brasileiro Olhe Pra Mim de Novo, realizado por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, estreado em Fevereiro último na Berlinale, é exibido amanhã à noite às 21h30 na Sala 3, precedido da curta La Santa, também estreada no último Festival de Berlim. Olhe Pra Mim de Novo segue a história do transexual Syllvio Luccio na sua viagem pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Este filme sobre famílias contemporâneas marca o regresso do cinema de Claudia Priscilla e Kiko Goifman ao Queer Lisboa, depois de aqui ter sido exibido Phedra, em 2009. Num ambiente alegórico, La Santa conta a história de María, uma rapariga intersexual de 13 anos que se vê forçada pelo pai a personificar a Virgem Maria numa procissão da sua aldeia, porque, segundo ele, esta é a única maneira de ela ser curada.
Integrado na Competição para a Melhor Longa-Metragem, às 17h15, na Sala Manoel de Oliveira a repetição do Keep the Lights On, de Ira Sachs, filme vencedor do Teddy Award da edição deste ano da Berlinale, Festival Internacional de Cinema de Berlim. Crónica de uma viagem sexual e afectiva de dois homens em Nova Iorque, através do amor, amizade e dependência. O documentarista Erik e o advogado Paul conhecem-se casualmente, mas depressa descobrem uma profunda afinidade e iniciam uma relação que acompanhamos por uma década. Um tributo ao New Queer Cinema e uma das mais belas obras de ficção a serem lançadas este ano.
Mais informações em www.queerlisboa.pt .