O Governo tem esta semana para apresentar uma tese junto do STF sobre a proibição existente no Estado da Califórnia que limita o acesso à figura do casamento por casais do mesmo sexo conhecido como proposição 8.
Os opositores da proposição 8 acreditam que embora não fosse uma qualquer proposta legal, Obama no seu discurso de tomada de posse quando disse que os homossexuais deviam ser tratados como qualquer pessoa perante a lei estava já a enviar uma mensagem de que o seu governo poderia vir a intervir na questão.
A decisão ainda não foi tomada, mas decorre na Casa Branca consultas no sentido de esclarecer o assunto e tomar a decisão de intervir ou não, mesmo porque Obama numa entrevista disse que quer ter a certeza de não se estar a intrometer demais nos afazeres do STF.
A posição de Obama não se pontua por ser consistente se não vejamos: em 2008 opôs-se à proposição 8 mas não se colocou a favor do casamento. Mais tarde disse que a decisão sobre a acessibilidade dos casais homossexuais à figura do casamento, devia ser uma decisão tomada por cada um dos estados e não uma decisão federal. Agora no seu discurso de 21 de Janeiro quando da tomada de posse, apresentou a decisão a nível federal como a correta para dar resposta aos anseios de milhares de cidadãos e cidadãs.
Obama durante ainda o seu primeiro mandato havia dito que a sua posição sobre o casamento estava em evolução, perante as últimas noticias dir-se-ia que evoluiu muito favoravelmente para os casais homossexuais que já estiveram mais longe de uma decisão federal sobre o assunto.
Aproveitando o crescente apoio dos americanos à alteração da lei, advogados pedem não só que o Governo se prenuncie, como também pedem que os tribunais se decidam pela inconstitucionalidade da Proposição 8 mas também por todas as proibições inscritas nas Constituições ou leis comuns de outros estados.
A decisão do STF poderá ser uma das seguintes alternativas:
a) Defesa das proibições existentes como a proposição 8 e as outras;
b) Ilegalidade da proposição 8 restringindo essa decisão apenas ao Estado da Califórnia;
c) Uniões Civis com os mesmos direitos do casamento para os estados da Califórnia, Delaware, Havai, Illinois, Nevada, New Jersey, Oregon e Rhode Island, mas não se podendo casar;
d) Proibir os estados de negarem o acesso ao casamento civil por casais de gays e lésbicas.
A resposta a todos estes cenários só será conhecida a 26 de Março, pelo que teremos todos de aguardar.