The Sandwich Nazi é um filme que com certeza despertou as mais diferentes emoções a cada um dos presentes na sala 3 do São Jorge.
Começando pelo título do filme/documentário já por si só uma comédia melodramática como de resto é a história de vida de Salam Kahil: abusado sexualmente pelo irmão mais velho, enjeitado pela mãe e pelo pai, é nas irmãs que encontra apoio.
Uma das frases que destaco é a sua citação conhecida de muitos de nós, sobre quando algo menos bom acontece nas nossas vidas alguém sugere que oremos, Salam diz “gosto mais de ação, oramos e o que muda depois disso?”
Salam um jovem Libanês sai do país para uma vida como prostituto, hoje um adulto cidadão canadiano gosta de contar as suas aventuras enquanto prepara as magnificas sandwiches para os seus clientes.
O homem com uma saúde que se debilita uma e outra vez, numa ligação estreita com os acidentes de carro que teve, é o mesmo homem com um coração maior que ele mesmo. Quando a vida lhe disse que o ser humano não presta, ele ama o ser humano, e alem das histórias aos seus clientes, Salam faz sandwiches para distribuir aos sem-abrigo do bairro pobre de Vancouver.
Perder o documentário de Lewis Bennett, The Sandwich Nazi, é perder uma história de vida de certo igual a tantas outras um pouco por esse mundo, mas é também perder uma força da natureza pela vida e pelas pessoas.
Um documentário comovente, numa linguagem ordinária, a de Salam Kahil, que no final só dá ganas de gritar “Viva Kahil”.
João Paulo, editor PortugalGay.pt
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