Matthew Mishory traz até Lisboa a sua arrebatadora primeira longa-metragem, que promete ressoar no imaginário do espectador por muito tempo. Joshua Tree, 1951 mostra um lado raramente visto de James Dean. Esta estética narrativa é contada através de uma viagem à vida do artista enquanto jovem, passando pela sua história de amor e ainda através de um olhar à indústria de Hollywood do pós-guerra.
Outra das presenças da terceira noite do Festival é o realizador português António da Silva, com duas curtas em estreia mundial, Pix e Bankers, que fazem parte da Competição para a Melhor Curta-Metragem, exibidas amanhã à meia-noite na Sala Manoel de Oliveira. A primeira, através de uma sequência de imagens de corpos masculinos, reflecte sobre o mercado do desejo dos gays desta geração. Já Bankers é um curioso retrato da actividade de alguns bancários durante a sua hora de almoço.
As duas curtas antecedem a exibição da longa-metragem I Want Your Love, primeira incursão do documentarista Travis Mathews no universo da ficção, num explícito e honesto retrato de um homem na São Francisco dos dias de hoje.
Amanhã ainda é dia de destaque para o cinema brasileiro com o arranque da programação do Queer Lisboa 16 dedicada ao Brasil na sessão Queer Brasil, com a exibição do programa de Curtas Mix Brasil, com curadoria de João Federici, director artístico do Festival de Cinema Mix Brasil de São Paulo e membro do júri do Queer Lisboa 16.
O Curtas Mix Brasil tem início às 15h00 na Sala 3 e exibirá um conjunto de curtas-metragens vencedoras das passadas edições deste Festival brasileiro que celebra este ano o seu 20º aniversário. Logo de seguida, na mesma Sala, às 17h, é exibido em retrospectiva Amores Possíveis, longa-metragem de 2001 de Sandra Werneck, protagonizada por Murilo Benício. Terminada a projecção, tem início o Debate Queer Brasil, no qual João Federici nos vai traçar um retrato do cinema queer no Brasil e da sua visibilidade fora de portas.