Segundo a matéria, publicada na sessão Talk of The Town, o jornalista de TV George Tsikhiseli e seu namorado de 4 meses, o escritor Stephan Varnier, foram abordados por uma comissário que pediu que eles parassem com os toques e beijos no vôo que ia do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, para o JFK, em Nova York, no dia 22 de agosto passado.
O casal afirmou que não estava fazendo nada inapropriado apenas beijos na bochecha e cabeça nos ombros. A história foi confirmada por outro casal sentado atrás dos dois e mais duas pessoas ao lado deles. Quando os rapazes pediram para falar com a chefe das comissárias (que, segundo a aeromoça, havia mandado a ordem), a responsável declarou que não sabia da história e concordou que o comportamento de ambos não era inapropriado.
Mais tarde, a mesma chefe retornou e disse que outros passageiros estavam se queixando sobre os gestos afetivos dos dois. Quando o casal perguntou quem estava incomodado, a chefe do comissariado foi incisiva, pedindo que os dois parassem ou, caso contrário, a aeronave seria desviada de sua rota.
Uma hora depois, a chefe solicitou que Tsikhiseli conversasse com o comandante na cabine de comando e o mesmo repetiu a ameaça de mudar a rota do avião caso o casal não parasse de discutir com a tripulação, segundo a The New Yorker.
Mais tarde, um porta-voz da American Airlines defendeu o comportamento da tripulação e afirmou que as reclamações ao casal não tinha nada a ver com o fato de serem gays. Nosso entendimento é que o nível de afeição foi muito maior que apenas um beijo no rosto, declarou o porta-voz à revista.
Agora Tsikhiseli e seu namorado pretendem entrar com processo contra a companhia aérea que, na última análise da ONG de direitos gays Human Rights Campaign Foundation, foi eleita uma das empresas mais friendly do mercado, reconhecida por manter uma política anti-discriminatória em suas diretrizes trabalhistas, oferecer benefícios a parceiros do mesmo sexo e investir em publicidade e filantropia gay.