A manifestação organizada pela Igreja e pelo PP começou às 17h. O objetivo dos organizadores (que pagaram autocarros e fretaram aviões especificamente para o evento) era reunir 500 mil pessoas, mas a polícia contou 166 mil. Estavam presentes 18 bispos que defendiam o lema “É a família que importa. Pelo direito a uma mãe e um pai”. Analistas políticos declararam que a manifestação tem um peso significativo para o país porque foi um ato antigovernista, uma vez que o projeto de lei foi proposto pelo governo e é apoiado pelo próprio primeiro-ministro José Luiz Rodriguez Zapatero (foto). O ato também foi incentivado pelo papa Bento XVI, que pediu aos bispos espanhóis que participassem do ato.

O evento pró-casamento gay foi promovido pela Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais da Espanha, que na ocasião lançou um manifesto em defesa dos direitos civis e contra a homofobia. Este manifesto foi apresentado em uma entrevista coletiva às 16h e contou com a assinatura de 1.623 organizações sociais, feministas e culturais. A polícia não divulgou o número de participantes.

O projeto de lei que modifica o Código Civil espanhol para permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso em abril deste ano. Além de legalizar a união, ele reconhece o direito dos casais homossexuais de adotar crianças. No Senado, o projeto já foi aprovado pela Comissão de Justiça e deve receber apóio da maioria dos parlamentares na votação.

Segundo pesquisas, a maioria da população aprova o projeto de lei