Reunidos no politécnico de Bragança foram chegando os manifestantes, para logo depois se início aos discursos, com mais ou menos entusiasmo, com mais ou menos aplausos, com mais ou menos reivindicações. O destaque foi muito da notícia de afirmações homofóbicas de um dos elementos da Assembleia Municipal, Fernando Gonçalves eleito pelo PSD, que considerou “lamentável” o evento.
Presente de forma discreta, José Carlos Malato, que acompanhava o seu companheiro, João Caçador, um dos elementos do “Fado Bicha” que tinha atuação marcada para mais tarde.
A marcha começou, e desde o primeiro minuto ruidosa, viva, agitada, enérgica. Pelas ruas mais ou menos povoadas da cidade de Bragança, o trânsito parou no sentido oposto para fazer vídeo, para ver, para tirar fotografias ou cumprimentar ora a polícia ora alguns dos manifestantes.
As pessoas apeadas abeiravam-se da estrada como fazem para ver passar a procissão ou o cortejo de uma qualquer festividade, e realmente era um momento festivo: a primeira de muitas Marchas LGBT+ de Bragança.
Houve mesmo algumas palmas aqui a ali, de mais novos a mais velhos e até de uma varanda da comunidade negra que assistia a um torneio de futebol e que à passagem da Marcha bateu palmas e fez vénia, e da varanda houve quem atirasse beijos e dissesse adeus.
Ordeira e alegre, mas reivindicativa sempre, a primeira Marcha LGBTIQ de Bragança terminou pouco depois da Câmara Municipal junto ao pelourinho da Praça da Sé. Para a semana é a vez do Orgulho LGBT+ se dar a ver em Vila Real.
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