A fotografia, que mostra um pequeno crucifixo imerso num copo de urina do artista, indignou a direita religiosa nos EUA em 1987, quando foi exibida pela primeira vez. Foi depois vandalizada na Austrália, e neo-nazistas saquearam um evento do artista na Suécia em 2007.
O trabalho já tinha sido apresentado em França anteriormente sem problemas.
Mas desta vez diversos grupos católicos fizeram campanha ativa contra a obra que culminou em centenas de pessoas marchando em protesto na cidade de Avignon este sábado.
Mas ao final da manhã de domingo quatro pessoas de óculos escuros entraram no espaço da galeria com o propósito de destruir a obra. Uma das pessoas atacou um segurança sob ameaça de um martelo, e os outros três membros conseguiram quebrar a protecção de acrílico da obra e rasgar a foto.
Piss Christ faz parte de uma série de fotos com objetos religiosos submersos em líquidos orgânicos como sangue e leite.
Além do arcebispo de Vaucluse, Jean-Pierre Cattenoz, que classificou a obra de "odiosa" a Frente Nacional de extrema-direita também se manifestou contra a exposição. Os organizadores da exposição tinham aumentado o nível de segurança da mesma com dois guardas e uma caixa de plexiglass de protecção, mas mesmo assim não foi suficiente para este ataque.
O ministro da cultura, Frédéric Mitterrand, condenou o ataque às liberdades fundamentais de criação e expressão. A galeria e seguranças apresentaram uma queixa na policia.
A exposição "I Believe in Miracles" foi inaugurada em dezembro e vai continuar aberta ao público no museu de arte contemporânea de Avignon até Maio, incluindo a obra destruída.