Em entrevista ao Channel 4 News, Wilshaw falou sobre sua sexualidade pela primeira vez, e disse que o abuso homofóbico levou-o a abandonar o movimento.
Numa ou duas ocasiões no passado recente, eu realmente fui alvo do ódio do grupo a quem quero pertencer.
Se és gay, és tolerado na sociedade, mas com este grupo de pessoas não és aceite, e encontrei uma ou duas ocasiões em que eu fui apontado como possivelmente gay, e fui alvo de abuso Kevin Wilshaw
Wilshaw disse que entrou em contato com pessoas extremamente homofóbicas durante a sua participação nos movimentos de extrema direita, incluindo David Copeland - o terrorista que matou três pessoas e feriu mais de 70 quando lançou uma bomba de pregos no pub gay Admiral Duncan de Londres em 1999.
O supremacista branco de longa data também revelou que tem um passado judaico, admitindo que sua herança e sexualidade "contradizem" as suas crenças públicas. Ele afirmou "odiar os judeus" no seu formulário de inscrição e compreende agora que os seus colegas de movimento nunca o aceitaram como ele é verdadeiramente. E explica que a razão de sair agora do armário é porque quer "causar dano às pessoas que propagam este tipo de propaganda."
Wilshaw também referiu na entrevista que não era o único homem gay no movimento e deu o exemplo do conhecido neo-nazi Nicky Crane, que também revelou a sua homossexualidade num programa do Channel 4 na década de 90 e que tinha até participado em filmes pornográficos fazendo sexo com outros homens.
O estranho é que temos uma plataforma [anti-gay], mas com outros membros que lideram a Frente Nacional que são abertamente homossexuais. E ninguém parece ver a contradição. E depois aparece alguém como Nicky Crane, uma das pessoas mais difíceis de associar a ser gay. Mesmo quando as pessoas descobriram, houve uma racionalização, 'Ele não é realmente gay'. A razão porque não disseram nada é que ele os teria morto na hora Kevin Wilshaw