Ben Rakestrow de 21 anos, é um dos muitos soldados abertamente homossexuais nas Forças Armadas do Reino Unido. Ele revelou a sua sexualidade após uma saída nocturna quando ainda estavam em treinos no Reino Unido para a missão no Afeganistão.
"Na manhã seguinte cheguei para a formação atrasado porque tinha bebido um bocadinho de mais. Todos os rapazes perguntaram se eu tinha tido sorte, que ao menos assim o atraso teria servido para alguma coisa. Eu respondi: ' o seu nome é Ryan'. Alguma das caras foram de espanto absoluto e perguntaram se eu estava a brincar. Não conseguiam acreditar no que tinham ouvido".
Mas Rakestrow teve algumas dúvidas inciais sobre a forma como seria aceite na Unidade de Cavalaria. Mas hoje em dia conclui que há comentários aqui e ali, mas são comentários no bom sentido. Todos querem saber da minha vida. E não me custa falar sobre este assunto.
Apesar da visão tradicional das forças armadas como uma instituição homofóbica, o Soldado Rakestrow descreve a sua decisão como a melhor da sua vida. Ele tem aconselhado outros soldados gays e lésbicas a falar sobre o seu "comming out" com colegas próximos numa primeira fase. E só quando estiverem à vontade com o assunto, contar aos colegas de fileiras. "O importante é contar quando sentimos que é o momento certo", conclui.
Rakestrow viaja com uma cópia da revista Advocate na sua mochila e já teve situações de conflito em que morreram colegas seus.
Apenas em 2000 é que o Reino Unido passou a permitir que gays e lésbicas passassem a fazer parte das Forças Armadas. Na altura a medida foi apresentada como "catastrófica" por algumas altas patentes e políticos, mas 10 anos depois não se viu nenhum debandada de soldados, e as forças armadas tomaram uma posição gay-friendly participando em paradas do orgulho e incluído temas de diversidade e igualdade na formação das tropas.