"Uma criança institucionalizada custa ao Estado duas a três vezes mais do que se for criada por uma família de classe média", estimou. Como soluções alternativas, propôs a adopção, o acolhimento familiar e o regresso à família alargada. Assumindo-se como uma pessoa "de esquerda" num debate sobre o presente e futuro das crianças em Portugal - promovido na segunda-feira à noite no Porto pela candidatura social-democrata às próximas eleições -, Catalina Pestana contou que foi uma menina de cinco anos que há alguns meses lhe chamou a atenção para as virtualidades desta última solução. "Ela perguntou-me por que razão os meus meninos (os alunos da Casa Pia) não dormiam em casa. Respondi-lhe que era porque os pais estavam doentes ou no estrangeiro". Ao que a miúda retorquiu, perplexa: "Mas eles não têm tios? Nem avós? Nem primos?".[...]