Apontada como exemplo por numerosos países desenvolvidos, que se esforçam por fazer parar a queda da sua natalidade, a França aproxima-se assim, com um indicador de 2,0, da taxa de fecundidade de 2,07 que permite a renovação natural das gerações.
A média europeia é de cerca de 1.5 filhos por mulher.
Inversão de tendência começou em 1993
A França começou a inverter a tendência em 1993, ano em que atingiu o nível mais baixo com um índice de fecundidade de 1,66. Foi subindo progressivamente e atingiu em 2005 uma taxa de 1,94.
A tendência de ter filhos cada vez mais tarde mantêm-se e as mulheres que tiveram filhos em 2005 tinham em média 30 anos, enquanto em 1977 a média era um pouco mais de 26 anos.
Exceptuando os Estados Unidos e a Nova Zelândia, nenhum outro país industrializado se aproxima tanto do índice que permite a renovação de gerações, fixado em 2,07 filhos por mulher.
Na União Europeia, a taxa de fecundidade subiu para 1.52 filhos por mulher em 2005 (era de 1,48 em 2000), claramente à frente do Japão onde a taxa atingiu em 2004 o seu nível mais baixo no país, com 1,29 filhos por mulher.
No entanto, a recuperação europeia em termos de fecundidade não é suficiente para alcançar a taxa norte-americana que foi de 2,05 filhos por mulher em 2004, nem a da Nova Zelândia, que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico estima em 2,1 em 2005.
Na Europa, quer os países anglo-saxónicos como o Reino Unido e a Alemanha quer os de tradição católica (Itália, Espanha ou Polónia) apresentam taxas muito inferiores às da França.
O pelotão da frente é constituído pelos países do Norte, Dinamarca, Finlândia, Reino Unido, Suécia, Holanda, Bélgica e Luxemburgo com taxas superiores a 1,7 filhos por mulher em 2005.
A Suíça fica abaixo (1,42 em 2004).
A Leste, a taxa de fecundidade é «frequentemente inferior a 1,3 filhos por mulher», indica o balanço demográfico do Insee, como na Eslováquia, Eslovénia, Polónia, Lituânia, Grécia ou República Checa.
No sul da Europa, o índice de fecundidade das italianas desceu muito depois dos anos 70, mas permanece relativamente estável desde 1990 nos 1,33 filhos por mulher (em 1970 foi de 2,43). Situação comparável à de Espanha, apesar de uma subida atribuída à imigração desde o início dos anos 2000. Em 2004, as espanholas tinham 1,32 filhos em média, contra 2,88 em 1970 e 1,36 em 1990.
Em Portugal, a taxa de fecundidade foi de 1,42 em 2004, uma descida em relação ao ano anterior quando atingiu os 1,44 filhos por mulher.