Cinco mulheres juntas num bar para celebrar o aniversário da mais nova foram interpeladas pela polícia que as deteve por “actos contra a natureza” e indecência.
O bar onde se encontravam tem sido identificado pela imprensa senegalesa como um local de encontro de pessoas LGBT.
Entre o grupo estava Dieng Sene assistente de direcção da associação “Mulher que Sorri” (Sourire de Femme) o único grupo no Senegal que defende as mulheres lésbicas
Com mais de cem pessoas no mesmo bar a policia dirigiu-se à mesa da aniversariante e deteve as cinco mulheres. Ndeye Kebe, presidente da associação, acredita que tal só aconteceu porque sabiam que Dieng estava na mesa e do trabalho que ela faz.
Estas são apenas mais umas das vítimas de uma política de repressão sobre as pessoas LGBT que o Governo do Senegal lidera. A homossexualidade no Senegal é punida com multa de 1'500'000 francos (mais de 2000 EUR) ou prisão até cinco anos, estando os actos homossexuais no mesmo código que também condena a pedofilia.
Houve uma réstia de esperança quando em Setembro Sidiki Kaba assumiu a pasta de Ministro da Justiça, e acreditou-se que houvesse uma alteração da lei, uma vez que Kaba havia investido em acções sobre os direitos humanos, mas Kaba acabou por não fazer frente ao chefe de estado Machy Sall, deixando tudo como estava no que se refere ao artigo 319 do código penal.
As mulheres já presentes ao Ministério Público aguardam decisão detidas.