Quando a redacção da revista tentava, junto de uma figura publica, saber da sua opinião sobre se o casamento tem como objectivo a procriação, recebeu uma reacção espectacular, isto mesmo antes de a questão ser colocada, diga-se a bem da verdade que nunca chegou a ser posta. Assim que se faziam as apresentações, as palavrinhas LGBT, exorcizavou uma reacção hostil, chegando mesmo a ameaça.
Seja parece que as nossas figuras públicas ainda estão demasiado verdes, para saberem a diferença entre apoiar uma causa, ou assumir uma identidade sexual. Não se é LGBT porque se apoia a causa, quando alguém o faz apenas muito somente demonstra consciência social, e humana, capaz de exprimir uma opinião sobre um determinado tema. Quanto aos muitos e muitas LGBT públicos Portugueses, como diz a Com.OUT não chegaria toda a imprensa escrita para anunciar os seus nomes, preferem continuar por trás de histórias da carochinha com namorados e relações de sono, salvo raríssimas excepções. Parafraseando a Com.OUT, mas com outro Português, ainda é para muitos preferível continuar num papel de actor, diria, muitas vezes rasca, para não serem excluídos do circo, onde estão condenados a fazer o papel da fera amestrada, porque esse é o seu único papel, fazem o que lhes mandam, e só surgem quando lhes é permitido.