A operação, desencadeada com várias buscas na cidade do Porto, pela Secção Regional de Combate ao Banditismo, da Polícia Judiciária do Porto, surgiu na sequência de queixas apresentadas por sete vítimas.
Os assaltos, cometidos sob a ameaça de pistolas, sucediam quando a partir de sites de convívio e de encontro com homossexuais ou bissexuais, que pensavam estar em contacto com outros indivíduos de igual orientação sexual, as vítimas eram aliciadas a se dirigirem para residenciais, pensões e hospedarias, no centro da cidade do Porto, para a consumação de um encontro sexual marcado horas antes no computador.
Uma vez chegados aos locais de encontro, as vítimas eram ameaçadas fisicamente e obrigadas a entregar todos os valores que tinham consigo. Entre o grupo de oito homens existia um núcleo central, constituído por cinco, todos residentes na freguesia de Campanhã, no Porto, onde decorreu a maioria das buscas policiais que culminou numa investigação criminal que decorria há várias semanas. Deste quinteto integrado por elementos com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crimes , nenhum exercia presentemente qualquer profissão.
VÍTIMAS RECUSAM QUEIXAR-SE
Algumas das hospedarias e residenciais para onde os homens eram atraídos pelos ladrões constam do registo das autoridades por crimes do mesmo tipo, mas envolvendo homens que ali se dirigiam para encontros furtuitos com mulheres e que em vez de sexo acabavam espoliados dos seus pertences.
Foi em moldes muito idênticos que se organizou este gang, que se dirigia exclusivamente ao sexo homossexual. A polícia teve conhecimento de sete vítimas do grupo, mas este número deverá ser bem maior, uma vez que muitas das vítimas não apresentaram queixa nem estão dispostas a fazê-lo, por receio de divulgação pública da sua orientação sexual.
(por Joaquim Gomes)
[notícia editada por PortugalGay.PT para incluir homens bissexuais]