Um homem de 34 anos foi apunhalado no pescoço pelo seu marido, do qual se encontrava separado há dois meses. O alegado assassino suicidou-se de seguida.
É a primeira situação do género comunicada oficialmente no país desde que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido em 2005.
A violência «infelizmente é o pão-nosso de cada dia em muitos casais de gays e lésbicas», lamenta a associação de defesa dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais e trans «Colegas».
Numa tentativa de reduzir o número de mortes, resultantes de casos de violência doméstica, o governo socialista espanhol tomou algumas medidas, mas sem sucesso nos resultados. Em 2004 o executivo espanhol adoptou uma lei, pioneira na Europa, contra a violência doméstica, para protecção das mulheres, vítimas destes casos.
A associação «Colegas» lamenta que os casais homossexuais não estejam igualmente protegidos por esta lei, exigindo que as vítimas homossexuais sejam tratadas da mesma maneira.
Em Portugal onde a percentagem de mortes por violência doméstica são muito superiores a Espanha (Em 2008 foram 45 as mulheres mortas em Portugal, Espanha com uma população 4.5 vezes maior teve 90 mulheres assassinadas no mesmo ano) o assunto não parece, ainda, preocupar a opinião pública em geral.