A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a permitir uniões civis para casais do mesmo sexo em 1989 e a Suécia no mesmo em 1995. Portugal reconheceu as uniões de facto em 2001. O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado na Suécia em 2009 e na Dinamarca em 2012 (e em 2010 em Portugal).
O estudo conjunto do Instituto Dinamarquês de Pesquisa para Prevenção do Suicídio e investigadores da Universidade de Estocolmo utilizou dados de registos nacionais da população na Dinamarca e na Suécia.
Comparando dois períodos de 13 anos, 1989 a 2002 e 2003 a 2016, eles estudaram os dados de mortes por suicídio de pessoas em casais do mesmo sexo durante o período em que ambos os países legalizaram parcerias civis e o tempo em que legalizaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Os suicídios entre os parceiros do mesmo sexo caíram 46% entre os dois períodos.
Isso se deve em parte à melhoria da compreensão da saúde mental, já que as taxas de suicídio também caíram 28% entre os casais heterossexuais, mas os investigadores acreditam que o estigma reduzido, influenciado pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo, contribuiu para a grande queda.
No entanto, o estudo também descobriu que, mesmo em dois dos países mais progressistas do mundo nas questões de direitos LGBT+, entre 2003 e 2013, as pessoas em relações do mesmo sexo tinham duas vezes mais probabilidades de acabar com a própria vida do que as pessoas em relações de sexo diferente.