Devido ao nome da sua equipa e, de acordo com nossos princípios, não podemos jogar contra vocês. As nossas convicções são muito mais importantes que uma simples partida de futebol, afirmava um mail enviado pelo Créteil Bebel ao PFG na véspera do jogo.
O Paris Foot Gay pediu uma punição para o Créteil Bebel, por uma decisão que considera homofóbica e muito chocante, ameaçando ainda o clube com um processo judicial.
Zahir Belgharbi, dirigente do Créteil Bebel, passados alguns dias rebateu as acusações, afirmando que o problema está no nome da equipa e não no facto de serem gays. Em comunicado pode ler-se que "recusamos a partida não por homofobia, como fomos acusados, mas simplesmente porque o nome do clube não reflecte a nossa visão do desporto. Declinamos esta partida com o Paris Foot Gay por medo que levasse a uma instrumentalização por parte deste clube que dá foco à homossexualidade dos seus jogadores."
A situação gerou grande polémica em França incluindo reacções do presidente da câmara de París, Bertrand Delanoë (ambas as equipas são da zona da grande Paris) e do Ministro do Desporto, Rowed Yade.
Pelos vistos a comissão de futebol amador francês não aceitou a desculpa e excluiu a equipa do torneio indicando no seu site que a equipa foi excluída "por se recusar a participar num jogo por motivos discriminatórios". Recorde-se que a comissão de futebol amador é uma das signatárias da Carta Contra a Homofobia.
Apesar da tensão institucional um novo jogo amigável está previsto entre as duas equipas para breve.