Simon Cazal, ativista responsável pela Associação SomosGay fazia parte de uma comitiva de 1600 pessoas representantes da denominada sociedade civil. Cazal foi no entanto o único ativista LGBTI dos que receberam o convite endereçado pela Conferência Episcopal que aceitou.
No final da audiência Cazal saiu satisfeito com a postura do Papa Francisco, inclusivo e com uma perspetiva de uma sociedade que é diversificada. Disse Cazal que muitas foram as solicitações da Igreja local para encaminhar o discurso do Papa no sentido da família dita conservadora mas Francisco “distanciou-se desse discurso e destacou a diversidade”. Simon Cazal foi o primeiro ativista LGBTI abertamente casado recebido pelo Papa. Cazal casou com Sergio Lopez em 2012 na Argentina, mesmo sabendo que o seu casamento no Paraguai não tinha qualquer reconhecimento.
No Paraguai embora não seja crime a homossexualidade, as pessoas LGBTI não tem qualquer proteção legal.
O Papa Francisco tem quebrado alguns tabus da Igreja Católica e esta não é a primeira vez que se reúne com pessoas da comunidade LGBTI: em Janeiro esteve com um homem transgénero numa reunião que deixou a igreja espanhola irritada, já em Março almoçou com 90 presidiários em Nápoles dos quais 10 eram da ala LGBT. Segundo o próprio Papa estes encontros fazem parte do seu interesse pelas pessoas “marginalizadas” não só pela sociedade mas também pela instituição Igreja. No entanto o Papa também tem sido fortemente criticado recentemente por continuar a defender algumas posturas menos liberais.