A edição deste ano galardoou a WPortugal, pela campanha "Pelo direito à indiferença". A agência de publicidade, que realizou a campanha pro-bono, "veio provar que há empresas que estão dispostas a oferecer o seu trabalho e os seus meios pela causa da igualdade", salientou a ILGA Portugal.
A novela Ninguém Como Tu, que inclui personagens homossexuais, foi considerada pela ILGA Portugal como "histórica", pois faz uma "representação realista e não estereotipante ou sensacionalista da homossexualidade". Em declarações ao PÚBLICO, Frederico Barata, o actor que interpreta a personagem João, um jovem que descobre a sua homossexualidade, reconheceu que, "a princípio houve um choque por parte das pessoas", mas que hoje já o abordam na rua para o felicitar pela interpretação e elogiar a inclusão da homossexualidade na novela, que passa em horário nobre na TVI.
O grupo de música The Gift foi homenageado pelo teledisco de Driving You Slow, em que a figura central é o transsexual Luna. Em nome da banda, cujos elementos estiveram todos presentes na cerimónia de entrega dos prémios, Sónia Tavares considerou que a luta contra a homofobia é "uma causa nobre".
Ao receber a distinção, a jornalista do Diário de Notícias Fernanda Câncio afirmou que continua a existir um "silenciamento" por parte da comunicação social no tratamento da igualdade e que as questões de género ainda são vistas como "uma curiosidade, um fait-divers".
A "carreira de desmistificação de preconceitos" do sexólogo Júlio Machado Vaz também foi distinguida. "Num país em que a educação sexual é inexistente e em que a política que a regula é sempre tímida e inibida (...), Júlio Machado Vaz é um oásis", considerou a ILGA Portugal.