O supremo tribunal diz que aquilo que foi decidido por um tribunal inferior só poderia ter sido alterado pelo parlamento.
Desta forma a marcha do orgulho que foi realizada há poucos dias parece estar para durar, uma vez que não se observa vontade política para o parlamento proceder a alteração desejada pela comunidade LGBT mas também pelas pessoas mais próximas da luta pelos direitos humanos.
O problema é a ascensão do partido conservador nas últimas eleições realizadas na primavera passada.
Aqueles que trabalharam para que a lei fosse anulada manifestaram-se agora chocados com a decisão do supremo, que esperavam tomasse outra posição, nomeadamente a confirmação da decisão inicial.
Já a oposição à alteração da lei manifestou a sua satisfação dizendo que as relações entre pessoas do mesmo sexo são anti-éticas e contra-natura. Um representante da All India Muslim justifica a sua posição dizenteo que a homossexualidade é um pecado que vai contra o Islão.
Embora a lei colonial seja raramente aplicada, mesmo assim por vezes os policiais usam a lei para intimidar homens e mulheres homossexuais. Esta intimidação leva inclusivamente a interromper o trabalho de ONGs que no terreno fazem prevenção sobre a propagação da infecção do VIH/Sida distribuindo preservativos.
A luta para revogar a lei de 1861, conhecida como “Seção 377”, vai voltar e durar.