As autoridades de Uganda prenderam 125 pessoas numa rusga a Ram, um bar LGBT+ friendly em Kampala, de acordo com ativistas locais citados pela ONG OutRight Action International. A maioria enfrenta acusações de tráfico de drogas, mas o facto do alvo ser um local LGBT+ aumentou o medo de uma repressão do governo.
O passado mostrou que é difícil acusar legalmente alguém por ser LGBT+. O uso de acusações abusivas de drogas é uma nova tática assustadora; uma que é realmente difícil de enfrentar e tornará a nossa batalha ainda mais difícil. Kasha Jacqueline
A polícia não só fez a rusga ao bar Ram, o único bar LGBT+ da cidade, como apresentou as detenções aos mídia depois da ação deste domingo à noite, dia 10 de Novembro, noticiou o jornal Kuchu Times. A maioria das acusações são relacionadas com o tráfego de Shisha, um produto do tabaco, que é ilegal desde 2015.
O Uganda considerou há 10 anos uma lei de "morte aos gays", com forte apoio de evangélicos dos EUA, mas a pena máxima foi alterada para prisão perpétua quando finalmente foi aprovada em 2013. Mais tarde, foi declarada inconstitucional por uma questão técnica, embora a sentença de prisão perpétua ainda possa ser imposta sob outra lei. Enquanto embora alguns membros do governo tenham dito recentemente que a legislação "morte aos gays" será reintroduzida no Parlamento, os assessores do presidente Yoweri Musevini negaram que ela esteja em consideração.