Participaram no estudo 265 homens homossexuais e bissexuais de vários estados dos EUA. Dos participantes 92% revelaram ter visto pornografia com sexo anal desprotegido, e destes 70% disseram ter replicado as imagens nos seus comportamentos sexuais após a visualização.
Questionados do porquê, 48% disse acreditar que o fato de ter visto filmes onde as práticas sexuais eram desprotegidas contribui para se envolverem em comportamentos sexuais de risco, e 55% revelou apenas que o fato de terem visto pornografia os impeliu a procurar sexo depois.
Em contraponto os homens que disseram ter visto pornografia onde os atores usavam preservativo ficaram motivados para terem sexo protegido.
Eric Schrimshaw, responsável pelo estudo, acredita que o estudo prova que o comportamento dos atores tem efeito na vida real de quem consome pornografia. As consequências negativas ou positivas da indústria da pornografia que são refletidas nos seus consumidores dependem muito das decisões dos diretores, produtores, distribuidores e atores, mas também, obviamente, do comportamento e escolhas dos consumidores, diz Schrimshaw.
Mas esta situação tem também implicações políticas. Quando a Câmara Municipal de Los Angeles decretou que a indústria a laborar na cidade teria de ter os seus atores a usar preservativos, teve como resultado que muito dos produtores deixaram a cidade para filmarem em outros locais onde estas diretivas não existem.
Segundo a CDC (organismo estatal nos EUA responsável pelas questões de saúde) em 2014 cerca de 2 em cada 3 casos de infecção pelo VIH nos Estados Unidos da América aconteceram no contexto de uma relação sexual entre dois homens.