O projecto de lei está em vias de aprovação e chegou mesmo a ser colocada a possibilidade de ser aprovado antes do fim do ano. Algo encarada pelos seus apoiantes como um "presente de Natal" providenciado por Kadaga, presidente do Parlamento Ugandês.
A versão inicial da lei previa a pena de morte para atos homossexuais, mas a cláusula foi retirada e deu lugar a prisão perpétua. Mas continua a gerar inúmeras reacções do resto do mundo contra a possibilidade de tal lei ser aprovada.
A última reacção que se conhece veio via net, os "Hackers Anonimous" no passado mês de Agosto lançaram um ataque ao site do Primeiro-ministro Amama Mbabazi. Coincidência ou não, pouco tempo depois a possibilidade de pena de morte foi retirada do projecto de lei.
Um hacker identificado como Sebastianowl disse que embora tenham retirado a pena de morte os Hackers Anonimous não podem ficar parados observando pessoas a serem condenadas a prisão perpétua por viverem as suas vidas da forma que acharem melhor sem prejuízo dos restantes em seu redor.
Sebastianowl afirmou que que no último ataque cerca de meia dúzia dos maiores sites comerciais e nove do governo Ugandês ficaram comprometidos, e espera que outro ataque aconteça antes do fim do ano e com estragos maiores.
Na mira estão os sites do Ministério da Justiça, Ministério da Energia, Exploração Petrolífera e Desenvolvimento Mineral, entre outros importantes sectores.
Neste momento o código penal no Uganda já prevê prisão perpétua para crimes "contra a ordem da natureza", mas o projeto alargaria a pena a outras situações.