O primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin quer levar o debate sobre o casamento gay para o parlamento. No passado dia 5 o presidende da câmara de Beglès, Noel Mamere, realizou uma cerimónia de casamento entre dois homens, causando furor nos meios políticos e nos média do país. Segundo uma sondagem publicada esta semana 57% dos franceses apoiam o casamento gay. Raffarin enviou aos grupos glbt do país um projecto de lei contra a homofobia que será apresentado antes do fim do mês no Conselho de Ministros. O projecto também engloba a luta contra o sexismo e incluirá a repressão da discriminação, do ódio e da violência contra a mulher. O texto, que assimila as declarações homofóbicas, as de carácter racista e anti-semita, tinha sido prometido em 2002. Segundo o projecto de lei, a difamação, a provocação, a discriminação, o ódio e a violência contra uma pessoa devido ao seu sexo poderá ser castigado com um ano de prisão e 45'000 euros de multa, enquanto o autor de uma injúria contra um homossexual poderá passar seis meses na prisão e ser obrigado a pagar 22'500 euros. As associações de defesa dos homossexuais, com cujos representantes Raffarin tem previsto se reunir daqui a duas semanas, denunciam que não haviam sido incluídas no texto referências às agressões contra transexuais. Raffarin afirmou que "vai discutir a possibilidade de lançar uma missão de informação parlamentar" sobre o casamento gay segundo fontes governamentais, o que supõe uma mudança conciliadora tendo em conta a sua posição até agora taxativamente contra essa possibilidade
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