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Segunda-feira, 10 Maio 2010 12:20

EUA
Líder da direita cristã foi passear na Europa com acompanhante masculino



PortugalGay.pt

George Alan Rekers, que foi co-fundador da Family Research Council, uma entidade que é contra os direitos familiares de gays e lésbicas, foi apanhado em Miami a regressar da Europa com um jovem acompanhante que conheceu no site rentboy.com.

EUA: Líder da direita cristã foi passear na Europa com acompanhante masculino

O acompanhante, que foi identificado como "Lucien", "Geo" e "Jo-vanni" nos media, também revelou a diversos jornalistas que fez massagens diárias a Rekers com este último completamente nú, e que as massagens incluíram estimulação dos genitais. Lucien mostrou à CNN um contrato de viagem entre os dois homens que obrigava a uma massagem diária de uma hora, e revelou à cadeia televisiva que Rekers "basicamente ficava excitado" durante as sessões de massagem.

Rekers, de 61 anos, tem usado o seu site professorgeorge.com e outros recursos online para refutara estas notícias, dizendo que não é gay e que nada de "ilegal ou sexual" aconteceu durante a sua viagem com Lucien, de 20 anos. Rekers afirmou a vários jornalistas que já contactou um advogado e vai processar por "difamação" pois, segundo as suas próprias palavras, "não sou gay e nunca fui". Rekers escreveu no seu site que encontrou o seu "assistente de viagem" depois de entrevistar várias pessoas pois precisava de apoio devido a uma operação cirúrgica a que foi sujeito recentemente. Rekers afirma que só teve conhecimento das actividades na Internet do seu companheiro "durante a viagem" e que nada de "inapropriado" aconteceu durante a viagem e que "não esteve envolvido em nenhum comportamento sexual ou ilegal com o seu assistente de viagem".

Entretanto com o desenrolar da situação Lucien teve conhecimento do histórico de activismo anti-gay de Rekers e decidiu revelar aos media a componente alegadamente sexual da viagem.

"É uma situação em que ele está contra a homossexualidade quando ele é um homossexual" disse ao New Times.

Já o activista LGBT Wayne Besen disse ao New Times que a "marca de Reker está em quase todos os esforços anti-gay de demonizar ou des-humanizar as pessoas LGBT". "O seu trabalho foi consistentemente citado por grupos de lobby que trabalham para negar a igualdade dos americanos LGBT" concluindo que "Rekers causou um dano relevante a pessoas gays e lésbicas".

Segundo os média, Rekers também é membro da anti-LGBT National Association for Research and Therapy of Homosexuality (algo como "Associação Nacional para a Pesquisa a Terapia da Homossexualidade"). Recebeu recentemente milhares de dólares do estado da Florida para ser testemunha como especialista contra a adopção por gays e lésbicas. A Flórida é o único estado dos EUA que proíbe a adopção por pessoas homossexuais.

Depois do testemunho neste caso a Juíza Cindi Lederman escreveu "As convicções de Dr. Rekers são motivadas pelas suas fortes convicções teológicas e ideológicas que não são consistentes com a ciência. Baseado no seu testemunho e comportamento no julgamento, o tribunal não pode considerar seu o depoimento como credível, nem digno de formar uma base da política pública."

Lucien disse ao jornal Miami Herald que passou a ser um acompanhante para pagar os estudos superiores mas poderá ter de desistir agora. Disse também que Rekers pagou-lhe 75 USD (cerca de 60 EUR) por noite durante a viagem, que é bem menos dos 250 a 400 EUR que cobraria para ter sexo. Ele disse à CNN que não houve qualquer outro contacto sexual além das massagens.

"Como Jesus Cristo, eu passo deliberadamente algum tempo com os pecadores com o objetivo caridoso de tentar ajudá-los", escreveu Rekers. "Assim como João Batista e Jesus, eu tenho um ministério de amor cristão aos homossexuais e prostitutos, em que compartilho a Boa Nova de Jesus Cristo com eles. ... Se falarem com o meu assistente de viagem verão que passei muito tempo compartilhando informações científicas sobre a conveniência de abandonar a relação homossexual, e partilhei o Evangelho de Jesus Cristo com ele em grande detalhe."

Mas nem todos nos média estão convencidos com esta explicação

"Eis a ideia-base em casos como este," disse Rachel Maddow na televisão MSNBC no dia 7 de Maio. "A negação miserável e mentiras sobre a sua própria vida sexual é um assunto pessoal da sua própria miséria, negação e mentira - a menos que faça assunto de todo o país a cruzada contra aquilo que é a verdade sobre si mesmo e que você odeia tanto. Ser gay não é algo que possa ser 'resolvido'. Ser desprezível, patético, hipócrita é algo que pode ser 'resolvido'. ... Parabéns, você está nas primeiras páginas."

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