A sentença considera que o sacerdote se valeu da relação especial que tinha com a criança, a quem dava aulas de matemática. Durante os onze anos que viveu na casa, permanecia muito tempo com Mónica no seu quarto, no qual chegou a pôr fechaduras. A sentença explica que nem a mãe nem a avó suspeitaram do que estava a acontecer devido à condição de sacerdote do acusado e à sua idade. A vítima explicou que nunca contara o sucedido por pensar que ninguém acreditaria. O tribunal aceitou a existência de abusos sexuais com base nos relatórios psicológicos segundo os quais Mónica padece de vaginismo severo e stress pós-traumático. O tribunal inabilitou o acusado para qualquer tipo de trabalho educativo durante oito anos e impôs-lhe a obrigação de pagar uma indemnização de 70 mil euros à denunciante. O sacerdote, psicólogo clínico de profissão, defendeu-se afirmando que a vítima era «psicótica» e sofria alucinações.
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