No passado dia 2 de Abril Ronaldo foi insistentemente insultado pela claque do Barcelona que sempre que pode gritou “maricon”, o que traduzido para o português seria “maricas”, calão antigo do tempo do fascismo que se mantém no vocabulário de muitos adeptos de futebol e não só.
O CR7 incomodado já manifestou vontade em deixar o clube, coisa nova uma vez que sempre que questionado no passado sobre o seu lugar no Real Madrid disse estar para continuar.
Mas esta não é a primeira vez que o insulto surge, quando das suas férias se encontrou com pugilista e seu amigo Badr Hari, várias foram as publicações que sugeriram que a forma como se tocavam representava mais que uma simples amizade, levantando a ideia que CR7 tivesse um relacionamento homossexual.
Ronaldo foi ignorando e ou satirizando aqui e ali, mas desta vez cansou. Não só o jogador, mas também o observatório contra a homofobia em Espanha. Depois dos insultos em Camp Nou este observatório formalizou uma queixa contra os adeptos do barça pelo insulto dirigido ao jogador. “Estes atos deploráveis e vergonhosos são puníveis de acordo com a lei do desporto” disse Francisco Ramirez, diretor do observatório. Ramirez acrescentou que o jogador tem vindo a ser repetidamente alvo de insultos e rumores maliciosos sobre a sua orientação sexual, rumores lançados quer por jornalistas, quer por outros jogadores e adeptos, com “a finalidade de denegrir, humilhar e ofender o grande jogador que é”. Francisco Ramirez referiu ser vital para as entidades futebolísticas assumirem a luta contra a homofobia, da mesma forma que o fazem quando se trata qualquer outro tipo de intimidação ou discriminação.
“É incompreensível que haja um duplo padrão para medir a intolerância no desporto, os casos de racismo e xenofobia tem tido ações rápidas e contundentes por parte das organizações, mas no que toca a homofobia o assunto continua a ser ignorado”