De acordo com uma reportagem realizada pela Agência iraniana Student News, os homens foram condenados à morte por enforcamento na manhã de domingo na prisão de Karoun no sudoeste da cidade de Ahvaz. A agência citou Abdolhamid Amanat, funcionário do Ministério Público na província de Khuzestan, como a origem do anúncio.
Foram seis as execuções realizadas. Dois homens condenados por roubo e estupro e um por tráfico de drogas. Mas os outros três homens foram condenados por "lavat" a expressão usada na lei islâmica para o sexo entre homens.
O Irão tem executado outros homens por actos homossexuais, mas recorrendo a acusações alternativas como agressão sexual e violação, e não o sexo consensual entre dois adultos devidamente informados.
Desta vez foram referidas especificamente aos artigos 108 e 110 do código penal iraniano. O artigo 108 define a sodomia de acordo com a interpretação do Irão da sharia, e o artigo 110 estipula que a pena por esse ato é a morte.
Mahmood Amiry-Moghaddam, um investigador da Human Rights Irão que está a analisar as execuções, disse ao jornal britânico The Independent que "As autoridades iranianas já apresentaram casos como sendo violações, a fim de tornar a execução mais aceitável e evitar a atenção internacional, mas desta vez tal não aconteceu" esclarecendo que este é um caso único nos últimos anos.
O Ministério Público iraniano é normalmente vago sobre as execuções e o estigma social da homossexualidade leva a que poucas famílias venham a público denunciar execuções neste contexto.
O Irão já condenou 180 pessoas à morte, apenas em 2011. Algumas zonas têm taxas elevadas de assassinatos. Na prisão Karoun em particular é frequente serem realizados enforcamentos em segredo.