Antes uma semana do inicio do conclave que vai eleger o próximo Papa, surge uma lista denominada por Dirty Dozen. Apresentada por um grupo auto-denominado "sobreviventes de abuso sexual" (SNAP) a lista denuncia 12 cardeais que não terão dado o devido tratamento e atenção às denuncias que receberam de cleros das suas dioceses que seriam responsáveis por abusos sexuais sobre menores.
Existem três norte-americanos na lista (Timothy Dolan de Nova Iorque, Sean OMalley de Boston e Donald Wuerl de Washington, DC), mais dois italianos (Tarcisio Bertone e Angelo Scola), mas constam ainda nomes do México (Norberto Rivera Carrera), Honduras (Oscar Rodriguez Maradiaga), Austrália (George Pell), Canadá (Marc Ouellet), República Checa (Dominik Duka), Gana (Peter Turkson) e Argentina (Leonardo Sandri). Aguns estão na lista por terem proferido declarações desprovidas de sensibilidade para com o assunto.
O representante de um dos cardeais presentes na lista disse aos jornalistas que não comentava a lista ou o grupo alegando que não merece a menor credibilidade. Já Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano desvaloriza a lista dizendo que não é esse grupo que decide quem vai ao conclave ou é escolhido como futuro Papa, acrescentando "os cardeais podem decidir sem pedir concelhos à SNAP".
Mas uma sondagem recente nos EUA sobre quais os problemas que a Igreja encara nos tempos de hoje, 34% apontaram os abusos sexuais como sendo o principal "senão", e nenhuma outra preocupação teve mais de 10% de interesse, sendo que a credibilidade e a confiança na igreja foram outro dos assuntos apontados pelos inquiridos.
A SNAP deseja que o sucessor de Bento XVI exija a cada Cardeal espalhado pelo mundo que denuncie os padres que tem conhecimento estarem envolvidos com abusos sexuais, e entregá-los à justiça.