Esta foi a 13ª Marcha do Orgulho LGBT+ no Porto, mas os eventos públicos começaram precisamente há um mês atrás no dia 8 de Junho, com o Festival Ativista LGBT+ Desarmário. O festival incluiu uma série de eventos gratuitos em locais conhecidos da cidade contestatária como o Café Ceuta, Gazua, Gato Vadio e Rosa Imunda, entre outros. Pelo meio decorreram várias festas e cafés concerto (incluindo com Fado Bicha) e muitos debates e workshops, incluindo filmes, exposições e performances sobre temas tão diversos como Género e Construção, Shibari, Leituras de Poemas, sexualidade e deficiência, desporto, entre outros.
Mas este sábado o evento principal foi mesmo a marcha, e a dimensão da mesma impressionou organizadores e participantes. Com a cabeça da marcha no café Majestic a cauda ia um pouco para lá de Gonçalo Cristovão, com bandeiras de muitas cores, gritos e apitos, palavras de ordem e pancartas e banners chamavam atenção de todes que aos lados olhavam, filmavam e fotografavam tal movida política.
Na faixa da frente lia-se "Desacomoda-te, traz a tua luta também", e foram muitos o que o fizeram. Desde "Lésbicas existem e resistem", "Liberdade para Amar", "Fim à Violência do CIS-TEMA", "Bissexual existe sim", "Antinatural é não ser Feliz", "Love is a terrible thing to Hate" (O amor é uma coisa terrível para se odiar), "Liberdade Sexual e de Género é Também Luta Estudantil" (AE FAUP - Faculdade Belas Artes U.Porto), "O Armário Tem Pó, e eu tenho rinite" (AE FLUP - Faculdade Letras, U.Porto), "Add Love, Not War" (Ação ADD da ILGA Portugal), "Eu Sei Quem Sou" (rede ex aequo), "Abraçamos todas as cores" (Gis - Grupo de Intervenção Solidária), "Escola sem Transfobia e Homofobia" e "Veto Trans: Vidas Adiadas" (PortugalGay.pt), "Estamos na Luta Pela Liberdade Absoluta" (AE FPCEUP - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, U.Porto)", "Igualdade" (PAN) e ainda a presença do Centro Gis, CADIV (Caminhar na Diversidade, Católicos LGBT), AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género), Somos Blergh, Bloco de Esquerda, Juventude Socialista, Panteras Rosa, Livre, Contrabando, Iniciativa Liberal, Ponto Íris, movimento GAAP (Grupo Assexual e Arromântico Português) e APAV (Associação de Apoio à Vítima).
Entre a polícia, órgãos de comunicação social, e a própria organização a estimativa apontava para 3 mil o número de pessoas que apresentaram as suas reivindicações desde a Praça da República até à Praça D. João I, passando por Rua Gonçalo Cristovão, Rua Santa Catarina e Rua Passos Manuel.
Dizia alguém que “Gisberta onde quer que esteja deve estar muito orgulhosa”, nós estamos.
Foto-reportagem
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