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Sexta-feira, 7 Outubro 2016 23:46

PORTUGAL
Queer Porto 2 - resumo dia 2



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Inconfortável é a expressão que define “Take me to the river” que passou ontem na sala Isabel Alves Costa do Rivoli.


O filme de Matt Sobel fala-nos de uma daquelas reuniões familiares onde culturas e gerações se encontram e nem sempre se relacionam da melhor forma. O nosso herói Ryder acordou com a mãe não falar da sua orientação sexual no sentido de proteger a avó, coisa que o pai alargou para proteger a mãe também.

Ryder vive na Califórnia e a sua família materna vive toda no Nebrasca onde foi a reunião de família. A tenção sobre Ryder, conseguida nos olhares dos primos, tios e tias é omnipresente desde do primeiro momento que causa a Ryder algum desconforto. Ryder um exímio desenhador tem uma fã, a sua prima de 9 anos Molly, que o segue para todo o lado.

Os dois vão fazer uma visita ao celeiro da família e pouco depois Molly sai aos gritos incitando sobre Ryder uma suspeita de abuso, uma vez que Molly surge com o vestido ensanguentado junto aos genitais. A mãe de Ryder tenta com o irmão pai de Molly encontrar uma explicação, mas não tem autorização para ver Molly e a suspeita familiar sobre Ryder mantém-se.

Ryder é o centro das atenções, e sobre ele cai toda uma energia negativa, ele não sabe porque Molly saiu a gritar do celeiro, e a família não parece querer esclarecer o equivoco. Segue-se entre o público a sensação de que a qualquer momento Ryder vai ser vitima de algum tipo de agressão, mas o inesperado acontece o que deixa a sala em suspense.

O pai de Molly manda a filha a seguir convidar Ryder para jantar em sua casa, ela vai a cavalo levando um segundo para Ryder montar até sua casa. O Jantar é um clima de tensão e abuso, o pai de Molly expressa uma postura violenta de autoridade sobre todos da família.

Contudo este acontecimento faz despoletar um passado vivido entre irmãos, a mãe de Ryder e o pai de Molly, onde ficamos sem saber quem violentou quem. Uma cena entre Molly e Ryder indica-nos o que terá acontecido no passado.

Molly ás cavalitas de Ryder roça o seu genital na nuca deste, que confuso com o comportamento fica sem ação. Por sua vez Molly quando desce das cavalitas de Ryder ri descontrolada. As despedidas do pai de Molly e desta à família de Ryder está repleta de insinuações culposas sobre a mãe de Ryder, deixando o nosso herói e o pai meios perdidos. Mas nada como uns quilómetros e boa música para trazer à família a harmonia que o une.

João Paulo, editor PortugalGay.pt

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