"Uma realidade radicalmente inerente ao matrimónio é a fecundidade”, disse o pontífice. O pronunciamento foi feito após a aprovação do projecto de lei espanhol que dará a casais homossexuais os mesmos direitos de casais heterossexuais – de se casar, de se divorciar e adoptar crianças. O projecto de lei segue agora para o Parlamento. Na semana passada, a Igreja Católica reagiu com indignação à proposta, dizendo que o governo corria o risco de "introduzir um vírus na sociedade". O papa reforçou essa condenação ao falar sobre fecundidade: "Essa é uma questão importante e actual no Ocidente, que frequentemente mostra-se incapaz de garantir sua existência no futuro por meio da criação e proteção de novos seres que continuarão a civilização de pessoas e realizarão a história da salvação." João Paulo II foi além, acrescentando uma oração para "todos os casamentos" e repetindo duas vezes que a história da civilização e da salvação dependia das crianças. Segundo pesquisas recentes, a maioria dos espanhóis é favorável à implementação da lei.