Auto-intitulados “cristãos anti-gays” tem atacado pessoas homossexuais com extrema violência recorrendo facas. Facões, paus e ferros ou mesmo blocos de cimento.
Relatam as organizações de defesa dos direitos humanos que em apenas uma semana tiveram conhecimento de 47 ataques, que variaram entre ataques físicos, ameaças e/ou ataques a bens incendiando habitações.
Um dos casos relatados foram dois homens que estavam a vender num mercado e foram atacados por um grupo e que só escaparam com pequenos ferimentos porque conseguiram abrigo na casa de um vizinho. Deste relato destaca-se o fato de um dos agredidos ter reconhecido alguns dos atacantes como sendo seus ex-amantes.
Todos estes ataques tiveram como catalisador a “Coligação de Organizações Haitianas pela Religiosidade e a Moral” que se mobilizou contra o alegado projecto-lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma alegação que tem confundido quer deputados quer activistas porque ambos desconheciam a existência de tal intenção.
O Haiti tem se promovido como um país que é um destino de turismo e aberto a novos negócios, mas existem registos de cinco vítimas deste tipo de ataques por dia com entrada no hospital.
O governo tem tido um discurso de condenação destes ataques mas a Comissão Internacional dos Direitos Humanos diz que é também preciso adoptar medidas eficazes para por termo a este tipo de situação.