As marchas estavam previstas para 11 de Maio em Havana e 17 de Maio na cidade de Camagüey.
O Centro Nacional de Educação Sexual, dirigido por Mariela Castro, filha do ex-presidente cubano Raúl Castro, que lidera as questões LGBT+ na ilha, afirmou em um comunicado que a "atual incerteza pela qual o país está passando" levou à decisão. A declaração acrescenta ainda que o Ministério da Saúde Pública do país, que supervisiona o CENESEX, ordenou que os eventos fossem cancelados.
As novas tensões no contexto internacional e regional afetam direta e indiretamente o nosso país e têm impactos tangíveis e intangíveis sobre o desenvolvimento normal de nossa vida quotidiana e sobre a implementação das políticas do Estado cubano.
As atitudes e aceitação em relação às pessoas LGBT+ em Cuba evoluíram significativamente nos últimos anos, embora ainda exista uma cultura de machismo e homofobia. A discriminação com base na orientação sexual e identidade de género é ilegal em Cuba. Historicamente, a antipatia pública em relação às pessoas LGBT+ era significativa, refletindo as normas regionais. As jornadas contra a Homofobia e Transfobia são realizada desde 2007 em Havana, coincidindo com o Dia Internacional Contra a Homofobia com a participação a crescer ano a ano.