Esta é a conclusão de diversas sondagens e estudos de opinião realizados em Itália. Um desses estudo foi realizada pelo instituto Demos-Eurisko e publicada no jornal italiano La Repubblica. Nesta sondagem 54% da população italiana diz confiar no papa. O número é muito inferior ao que o papa João Paulo II tinha no final do seu papado: em 2003, 79% dos italianos diziam confiar no pontífice.
Na mesma sondagem um em cada quatro italianos diz que a Igreja com Bento XVI está próxima à centro-direita. Embora 86% se assumam como católicos, e a maioria considere importante dar aos filhos uma educação católica, apenas 44% seguem o que diz o papa sobre a doutrina moral da Igreja. Pelo contrário 56% dos "católicos", afirmam tomar decisões “de acordo com a consciência”, uma posição em contradição com os princípios da definição de Católico.
Os italianos também não gostaram da intromissão pùblica da Igreja nos assuntos políticos do país nos últimos tempos. 74% diz que os parlamentares católicos devem votar livremente de acordo com sua consciência.
A confirmar esta sondagem o próprio Instituto Nacional de Estatística da Itália indica que os italianos casam-se cada vez menos. Enquanto em 1972 foram registradas 419 mil uniões oficiais, em 2005, elas chegaram apenas a 250 mil. Já em termos de divórcios ou separações a média é de 15 casos para 100 casamentos.
A confirmar o distanciamento da Igreja Católica está o caso de Piergiorgio Welby, um homem que sofria de distrofia muscular progressiva e que morreu após desactivação de um respirador artificial a seu pedido. Apenas 8% dos italianos concordaram com a decisão do Vicariato de Roma de não autorizar um funeral religioso. Esta posição foi muito mal vista principalmente tendo em conta que a Santa Sé não teve problemas em autorizar funerais religiosos a ditadores como Pinochet e Franco.