Uma paroquiana na igreja ortodoxa grega em Melbourne disse que o sacerdote avançou com o seu discurso enquanto pedia aos membros da igreja que votem contra no referendo postal sobre igualdade no casamento.
Liz Tasipoulos disse à news.com.au que o padre gritou na congregação enquanto fazia os comentários absurdos.
O padre estava aos berros dizendo-nos que [o casamento entre pessoas do mesmo sexo] era uma blasfémia. Os comentários foram tão dolorosos que não pude parar de chorar
O serviço ocorreu no Dia dos Pais, 40 dias depois de o suicídio. Na igreja ortodoxa, a morte de um ente querido é observada 40 dias depois do óbito. Tasiopoulos disse que estava chocada com o padre seguir aquele caminho, já que os familiares da mulher estavam na igreja. Ela descreveu a situação numa página do Facebook "Greek Mums and Bubs" dedicada a mães e mulheres gregas na Austrália.
Ele indicou que todos deveriam votor não.
Então uma senhora levantou-se e disse: 'Eu vou votar sim'. O padre respondeu 'é uma vergonha para você'. Ela saiu, e então todos nós fizemos o mesmo, pois a miúda que estávamos a homenagear era gay.
Enquanto andávamos, o padre disse que todos os homossexuais deveriam ser mortos a tiro. Ele estava aos berros de pé debaixo de chuva.
Estou tão enojada por isto tudo que nunca mais voltarei aquela igreja
Tasiopoulos disse que o discurso provocou uma grande quantidade de trauma emocional quando as pessoas deixaram a igreja em lágrimas.
Um jovem estava em lágrimas. Tentei consolá-lo, pois ele tinha tido a coragem de sair do armário há pouco, e disse-lhe que Deus o ama, nós o amamos, ignora o padre, enquanto o padre nos gritava que era uma blasfémia.
Não consigo imaginar tanto o ódio no Dia dos Pais quanto um pai tem de ouvir isto 40 dias depois que ter-se despedido da sua única filha no descanso eterno
O padre entretanto desculpou-se pelo incidente, mas disse que não se lembrava de fazer os comentários e já vieram várias pessoas defender que terá havido algum erro de tradução do grego e que o padre terá dito "minha boca é minha arma". Mas quando questionados sobre as opiniões discriminatórias as mesmas pessoas preferiam não comentar.