Em 2010 o Bloco de Esquerda apresentou à AR uma proposta que pretendia que fosse retirado do questionário apresentado aos dadores de sangue a questão “sendo homem, teve contatos sexuais com homens?”. A pergunta foi oficialmente retirada dos questionários em 2013 mas, segundo o jornal Público em Março do mesmo ano, a pergunta continuou a ser feita verbalmente. Respondendo positivamente o dador é banido de doar sangue.
Foi, entretanto, criado um grupo de trabalho composto por sete especialistas que tomou posse em Dezembro de 2012 com a finalidade de apresentar um relatório até Junho de 2013. Concluiu-se ser necessário acabar a suspensão definitiva dos dadores, e que homens homossexuais e bissexuais passasse a ter uma suspensão temporária, mas não houve acordo quanto à duração desse tempo de abstinência. Três hipóteses surgiram: que a suspensão fosse de 12 meses após qualquer contato sexual com outro homem ou 6 meses depois de terem tido sexo fora de uma relação monogâmica. António Diniz diretor do Programa Nacional para a Infeção do VIH/Sida diz que ainda é cedo para se saber qual o caminho a tomar.
O Instituto Português do Sangue e do Transplante devia ter elaborado novos critérios nacionais de inclusão e exclusão de dadores até ao fim do mês de Outubro, até agora ainda não há respostas.
Agora terá lugar uma reunião de especialistas da Direção-Geral de Saúde com o objetivo de rever critérios de triagem dos dadores de sangue, o grupo apenas fará sugestões que depois serão colocadas a um período de discussão pública sendo certo por isso que apenas para o ano haverá novidades. Até lá vigora a proibição da dádiva de sangue por homens que tenham tido sexo com homens em algum momento das suas vidas.