Esta é a mais abrangente media da APA relativamente a "terapias reparadoras" e inclui além da declaração um relatório científico detalhado. O conceito de "terapia reparadora" é utilizada por um pequeno mas persistente grupo de terapeutas, muitas vezes associados a movimentos religiosos, que defendem a ideia de mudança forçada de orientação sexual.
A resolução agora aprovada pela APA com 125 votos a favor contra 4 afirma que não existem dados concretos que sustentem esta possibilidade, acrescentando que tais tentativas podem ser perigosas, originando mesmo depressão e tendências suicidas.
Esta não é a primeira vez que a APA critica as tentativas de mudança de orientação sexual, mas o relatório agora apresentado examina 83 estudos sobre a questão realizados desde 1960.
O relatório foca em particular a questão de como compatibilizar a fé religiosa com uma orientação sexual não heterossexual.
Os membros da APA que preparam o relatório relembram que não são só os religiosos fundamentalistas que têm de olhar para os gays, lésbicas e bissexuais de forma positiva: os profissionais da saúde mental também têm de ter consciência que algumas pessoas podem escolher seguir a sua religião em detrimento da sua sexualidade.
E isto implica que os terapeutas terão de ser mais "criativos". Por exemplo, reforçando aspectos específicos de determinadas religiões em termos de esperança e perdão para ultrapassar as visões negativas da homossexualidade. Ou então ver o celibato como uma alternativa possível, ou mesmo a mudança de religião para outra que seja mais inclusiva das pessoas LGBT.