As lutas pelo controlo dos jogos olímpicos gays que acontecem em 2006 vêm-se aprofundando nas últimas semanas. A Federação já ameaçou a transferência para outra cidade e Montreal afirma que fará os jogos de qualquer forma, mas que seja um evento próprio. Mark Tewkesbury (foto), o nadador campeão olímpico e co-presidente do Rendez-Vous Montreal 2006 que está a produzir o evento, declarou que a organização tem o apoio dos governos do Canadá, de Quebec e de Montreal para organizar os Gay Games sem a Federação se necessário. Os dois principais motivos da disputa são o controlo do orçamento e o número de atletas previstos. A Federação quer limitar a 12 mil atletas e dar a palavra final sobre o orçamento. Montreal afirma que o número ideal seria 24 mil, para evitar a catástrofe financeira das duas últimas edições dos Gay Games em Amsterdão e Sydney, e que como será responsável pelo financiamento do evento, deve ter o controlo do orçamento. Cerca de 16 mil atletas já manifestaram interesse em participar dos Gay Games, número que corresponde ao "break even". Abaixo desse número o prejuízo é certo. Trinta e cinco por cento do orçamento provém dos patrocínios e o restante das taxas de inscrição dos atletas. A companheira de Tewkesbury na presidência do Montreal, Lucie Duguay, lembrou que a Federação entra apenas com a marca, já que não dá qualquer tipo de apoio financeiro ou de produção. A Federação dos Gay Games, que tem sede em San Francisco, determinou a próxima sexta-feira, 7/11, como data limite para a confirmação de Montreal como sede dos 7º Gay Games.
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