As novas regras de publicidade política do Facebook entraram em vigor com o objetivo de evitar manipulação e promover a transparência, mas as mensagens LGBT acabaram por ser também limitadas.
O Washington Post descobriu que a rede social inadvertidamente bloqueou dezenas de anúncios com temas LGBT depois que seu sistema de triagem (que inclui moderadores automatizados e humanos) os classificou como políticos. A maioria não continha pedidos de ação ou pendor político óbvio - o único elo comum era uma referência à palavras-chave LGBT. Ao queixaram-se ao Facebook, vários anunciantes receberam a resposta que mencionar LGBT era uma questão de direitos civis e, portanto, um "tópico político".
Agora a empresa veio corrigir a rota, a porta-voz da empresa, Devon Kearns, disse que os anúncios foram "etiquetados incorretamente" e foram removidos da lista de anúncios bloqueados. Reforçou que as pessoas no Facebook "não consideram" cada anúncio LGBT como político mas defendeu que "vários" desses anúncios assumiram posições políticas.
As novas regras mais restritivas não se aplicam a entidades que estejam disponíveis para partilhar com o Facebook informações de financiamento e detalhes pessoais sensíveis como o Número de Segurança Social. Mas a empresa não tem divulgado informação clara nem sobre esta possibilidade nem sobre quais as situações que são classificadas como violação das novas regras de publicidade política o que complica todo o processo.
A empresa começou a implementar novas regras depois de terem sido divulgados relatórios que denunciam a manipulação sistemática dos utilizadores da rede social por parte de entidades estrangeiras durante a eleição presidencial de 2016 em que Trump foi eleito.